terça-feira, 16 de junho de 2009

A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak


A morte às vezes dá mais de uma chance e gosta de contar estórias......


A Menina que roubava livros A história trata e três assuntos bem distintos que compuseram a vida da roubadora de livros: seus encontros com morte; os livros roubados; os relacionamentos travados no núcleo social em que foi compusoriamente inserida. Liesel Meminger teve seu primeiro encontro com a Morte, que a propósito, é quem narra a história, quando viajava com a mãe e o irmão caçula, Werner, e tendo como destino a casa dos pais adotivos. Werner morreu no caminho e, a viagem foi interrompida para o seu funeral. Nesta ocasião, a pequena Liesel se encontra com a Morte e com seu primeiro livro “roubado”, o Manual do Coveiro, que é deixado cair na neve por um dos coveiros que seputara seu irmão. Vale dizer que na ocasião ela não sabia ler ainda e o livro significava, enquanto objeto, uma ligação com o seu primeiro encontro com a Morte. Após conhecer sua nova famíia e começar um relacionamento muito estreito com o bondoso Hans Hubberman (papai) e a pitoresca Rosa Hubberman (mamãe) Liesel continuava sem saber ler e tendo no Manual do Coveiro o objeto que a liga aos acontecimentos e sentimentos presentes na morte de Werner. Hans ao descobre que Liesel tinha um livro e que não sabia ler, começou a dar-lhe aulas, mesmo porque na escola ela passava pelo constrangimento de estar na classe dos “anões”, como ela mesmo dizia; houveram progressos e mais dois livros, desta vez não “roubados”, mas ganhos no natal, dados por Hans. Neste meio tempo surge uma personagem muito importante na nossa história, que acompanharia Liesel em seus “roubos” e eventuais aventuras, era Rudy Steiner – que se tornaria o grande amor de sua vida; bem, passemos agora para o segundo “roubo”, que aconteceu de maneira oportunista. Toda a cidade de Molching fora convocada para assistir a fogueria que o III Reich acenderia naquele dia. Liesel estava lá, com seu uniforme da juventude Hitlerista; ouviu discursos acalorados e a apresentação dos objetos a serem queimados na fogueira, considerados subversivos. A fogueria foi acesa, celebrada e aos poucos deixada. Liesel continuou por lá com o pai por mais um tempo e quando começaram a limpar os restos da fogueira, Liesel viu escorregar dos destroços três objetos dentre eles um livro por título “ O Dar de Ombros” que passou a fazer parte de sua coleção, agora de quatro livros. Os outros ivros que viria conseguir saíram todos da casa do prefeito, da biblioteca de sua esposa, e com a anuência, mesmo que velada, dela. Logo após a aquisição dos Dar de Ombros, vemos entrar mais uma personagem em cena que faria toda diferença na vida de Liesel, era o lutador; O lutador na verdade era um judeu cujo pai fora amigo de Hans; ele prometara, caso fosse necessário, ajudá-lo, como a sua família. E esse dia chegou; Max Vandenburg ficou dois longos anos habitando o porão da casa dos Hubberman; nesse período ele contribuiu com dois exemplares para a coleção de Liesel; foram escritos em um Mein Kampf que teve as paginas pintadas de branco; o primeiro livro foi o Vigiador, onde fazia referência a sua vida até então, culminando com o tempo em que Liesel passava velando-o em seu coma de três dias; o segundo foi a Sacudidora de Palavras onde ele mostra o poder das palavras; foi concebido a partir da história ocorrida durante um aviso de ataque aéreo. Todos se abrigaram no porão da casa 45 da rua Himmel que era considerado o mais seguro. Na ocasião os adultos estavam apreensivos e as crianças menores choravam. Foi então que a pedido de Hans a sacudidora de palavras começou a ler um de seus livros e fez com que as crianças se acalmassem e os adultos relaxassem. Esse ultimo livro foi escondido de Liesel a pedido de Max para que fosse entregue a ela só quando ela estivesse pronta. Antes da entrega houveram dois acontecimentos importantes:Hans ajudou um velho judeu que compunha a comitiva de desvalidos que seguiam para o campo de concentração de Dachau; percebeu tarde o problema que havia arrumado, pois ele mesmo tinha um judeu no porão e vai que os nazistas insistam em revistar sua casa em busca de algum material subversivo e, achem um judeu? Essa situação fez com que os Hubberman mandassem Max embora mesmo com muito pesar. Depois da ida de Max, o pedido de Hans para se fiiar ao partido nazista fora aceito e ele destacado para servir na ELS, divisão que limpava áreas atingidas por ataques aéreos. Hans serviu, mas depois de acidente voltou pra casa. O segundo encontro de Liesel com a Morte se deu logo após um bombardeio numa cidade. Rudy levou sua maleta de ferramentas que usava para facilitar um possível furto e que continha um item no mínimo inusitado, um ursinho de pelúcia. Ao chegarem ao local da fumaça encontraram nos destroços o piloto bem machucado; Rudy se aproximou, colocou o ursinho nos ombros do piloto e recebeu um obrigado, meio murmurado. O piloto morreria logo após. No terceiro encontro com a morte ela foi salva pelas palavras; enquanto a cidade dormia ela estava no porão escrevendo suas histórias e veio um bombardeio surpresa matando a todas as pessoas da rua Himmel, menos Liesel, que fora salva por estar no porão. Liesel só encontrou a Morte pra valer, já com uma idade bem avançada e bem longe dali, em Sydney.

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